quarta-feira, 8 de junho de 2011

Não é um adeus, mas sim um até já

Ao longo deste tempo, tentamos aprofundar os nossos conhecimentos e dar a conhecer aos nossos seguidores a história da vida de D.Inês de Castro e do contexto histórico em que ela viveu.
Procuramos ainda saber como é que esta história se repercute nos tempos actuais. Neste capítulo encontramos poemas, livros, poemas musicados e até uma ponte actual com o seu nome.
Acabamos por descobrir aspectos que desconheciamos da sua vida, do seu tempo, do reino dessa época.
Aguardamos  o contributo de outras pessoas para dar continuidade às descobertas que fizemos num futuro próximo.

Sem mais de momento,
Margarida Pereira
Sofia Azevedo.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Inês morreu

Inês morreu e nem se defendeu
da morte com as asas das andorinha
pois diminuta era a morte que esperava
aquela que de amor morria cada dia
aquela ovelha mansa que até mesmo cansa
olhar vestir de si o dia-a-dia
aquele colo claro sob o qual se erguia
o rosto envolto em loura cabeleira
Pedro distante soube tudo num instante
que tudo terminou e mais do que a Inês
o frio ferro matou a ele.
Nunca havia chorado é a primeira vez que chora
agora quando a terra já encerra
aquele monumento de beleza
que pode Pedro achar em toda a natureza
que pode Pedro esperar senão ouvir chorar
as próprias pedras já que da beleza
se comovam talvez uma vez que os humanos
corações consentiram na morte da inocente Inês
E Pedro pouco diz só diz talvez
Satanás excedeu o seu poder em mim
deixem-me só na morte só na vida
a morte é sem nenhuma dúvida a melhor jogada
que o sangue limpe agora as minhas mãos
cheias de nada
ó vida ó madrugada coisas do princípio vida
começada logo terminada.


Ruy Belo

Poema retirado do site: http://mym-pt.blogspot.com/2009/03/poemas-morte-de-ines-de-castro.html
Imagem retirada da internet

Margarida Pereira
Sofia Azevedo