quarta-feira, 23 de março de 2011

Descendência e ascendência de Inês de Castro

Dª Inês teve quatro filhos do seu relacionamento com o Infante D. Pedro. Foram eles: D. Afonso (falecido pouco depois de nascer), D. João, D. Denis e Dª Beatriz.
Estas crianças foram fonte de preocupação para o velho rei D. Afonso IV, uma vez que eles poderiam constituir uma ameaça para a segurança do estado. Esta ameaça advinha do facto de serem filhos ilegitimos de D.Pedro, mas poderem concorrer à sucessão ao trono português com D.Fernando, filho legitimo de D. Pedro e Dª Constança. Esta situação ocorreria mais facilmente se D. Pedro e Dª Inês se casassem. A família de D. Inês, de ascendência nobre e galega, tinha pretenções de chegar ao trono do reino de Leão e Castela e também de Portugal. Pretendiam fazê-lo através dos filhos de Inês, mas usando também D. Pedro que deveria concorrer ao trono de Leão e Castela, uma vez que era descendente do rei D.Sancho IV deste reino.
A confusão estava instalada e o medo também. D.Afonso IV receava que a família Castro matasse o seu neto legítimo, para lhe suceder no trono um dos filhos de Inês. Por outro lado, temia que D. Pedro envolvesse Portugal numa guerra com Castela para conquistar o seu trono. D. Afonso IV queria viver em paz com os reinos vizinhos e a família Castro constituia uma ameaça a essa paz.
É neste contexto difícil, a que se juntou muitos murmúrios na corte, que D. Afonso IV vai ter que tomar a sua posição face ao relacionamento do seu filho com esta nobre galega.
Neste caso, podemos dizer que a família foi inimiga do amor.

Margarida Pereira.
Sofia Azevedo.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Bruma do Tempo

A permanência de Inês de Castro na cidade de Coimbra e junto aos campos do Mondego inspirou e continua a inspirar os autores portugueses para esta temática.
Aqui vai mais um exemplo de um poema musicado sobre a relação de Inês com o Mondego:

Carrega aqui para ouvires a música:
http://www.box.net/shared/xqy8z62aov


Infinita foi a mágoa
Nos campos de Mondego
E as ninfas chorando
Seu pranto mudaram

De água e cristal
Em fonte de lágrimas

Cinzas soprando no vento
Até ao fim do mundo
Sua lenda perdura
Tão bela e tão doce
Raio de luz desmaiada
Ondina fatal vestida de bruma.

Este poema e música fazem parte do livro de Ângelo da Silva, A História de Inês de Castro, da Editora Letras & Coisas.