quarta-feira, 4 de maio de 2011

Quem foram os algozes de Inês?

Inês foi levada à presença de D. Afonso IV por Diogo López Pacheco senhor de Ferreira, Álvaro Gonçálvez meirinho-mór, e Pero Coelho, todos eles conselheiros do rei.
Naquele tempo, competia ao rei aplicar a justiça, já que não havia a separação de poderes. Assim, mesmo os tribunais existentes nas diferentes regiões do país, aplicavam a lei em nome do rei e por delegação deste. Contudo não competia, nessa época, a nenhum tribunal julgar qualquer membro da família real.
Inês de Castro não era da família real, mas vivia de facto com o príncipe. Logo, tudo o que se relacionasse com ela, era assunto da casa real e, por isso, só o rei poderia tomar qualquer decisão. Como habitualmente, o rei ouvia os seus conselheiros, antes de qualquer decisão. Álvaro Gonçálvez era o meirinho-mór do rei o que significa que era o mais alto magistrado judicial do reino.
Estes senhores aconselharam o rei, tendo como ponto de partida o receio da perda de independência motivado pela influência dos irmãos de Inês e pelo muito ruído que se foi criando sobre pretendentes ao trono português.
D. Pedro, perante a morte da sua amada, revoltou-se contra o pai e iniciou uma guerra que só não teve consequências mais graves porque D. Beatriz, mãe de D. Pedro, interveio no sentido de estabelecer um consenso que permitisse a paz entre pai e filho. Foi feito um tratado onde D. Pedro se comprometeu a não perseguir, perdoar e esquecer tudo perante a presença de várias testemunhas.
Contudo, o rei temendo que o seu filho não cumprisse a promessa efectuada, aconselhou os fidalgos a saírem do reino.
Quando D. Pedro sobe ao trono, como rei de Portugal, inicia o processo de vingança. Para isso, estabelece um acordo com D. Pedro de Castela no sentido de fazer regressar a Portugal os três conselheiros de seu pai. Destes a Diogo López Pacheco, conseguiu fugir, dirigindo-se para o reino de Aragão. Álvaro Gonçálvez e Pero Coelho regressaram a Portugal, tendo D. Pedro condenado -os a uma morte particularmente cruel: a Pero Coelho foi retirado o coração pelo peito e a Álvaro Gonçálvez foi retirado pelas costas.
Passou-se isto no ano de 1360.

Margarida Pereira.
Sofia Azevedo.

Texto baseado em: Biografias Da História de Portugal – Inês de Castro, de António de Vasconcelos e coordenação de José Hermano Saraiva, volume 26.
Imagens retiradas da internet.

11 comentários:

  1. eu gostei muito deste texto
    que fala da vida

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  2. Para mim um dos aspectos mais interessantes desta história foi D. Inês de Castro ser aclamada rainha alguns anos após a sua morte.
    Ana Pacheco 8ºG

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  3. Para mim conta uma parte do que se passou, para subir ao trono.Quando subiu ao trono fez vinganca... Vânia Matos 8ºG

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  4. O que D.Pedro fez com Álvaro Gonçálvez e Pero Coelho foi muito cruel mas até gostei! A vingança serve-se fria...
    Marta Pacheco 8ºG

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  5. Eu acho um pouco cruel a forma como foi retirado o coração pelo peito a Pedro Coelho e pelas costa a Álvaro Gonçálvez. Penso que podiam aplicar uma pena com menos sofrimento.
    André Pinto Nº4 8ºF

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  6. Eu gostei deste texto, porque me deu a conhecer mais um pouco sobre a história de Inês de castro

    Sara Gabriela Henriques
    Nº23

    8ºF

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  7. Para mim, este texto conta uma parte do que se passou antes de D. Pedro subir ao trono. Quando subiu ao trono, fez a sua vinganca...
    Vânia Matos 8ºG

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  8. Adorei este texto, pois fiquei a saber um pouco mais sobre Inês de Castro. Aliás, adoro o blogue! continuem a publicar...

    Patrícia Teixeira Nº17 8ºF

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  9. Um texto muito lindo

    Mariana Almeida 8ºF Nº13

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  10. Gostei muito deste texto e da forma como D. Pedro agiu, mas pederia ter aplicado uma morte menos dolorosa para Pero Coelho e a Álvaro Gonçálvez

    Luís Gonçalves nº 12 8ºF

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  11. Eu gostei muito deste texto porque fala sobre os alorezes da Inês de Castro.
    Joana Neves Pereira nº8 8ºf

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